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Cinco anos da morte de Marielle Franco: o que se sabe até agora sobre o crime?

Após cinco anos da morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, Polícia Civil, MP e agora PF investigam o caso. Dois acusados estão presos e ainda serão julgados

No dia 14 de março de 2018, noite de quarta-feira, a vereadora do PSOL Marielle Franco voltava de um evento no bairro da Lapa, quando foi surpreendida por tiros no veículo em que estava junto com o motorista Anderson Pedro Gomes e a assessora Fernanda Chaves, na região central do Rio de Janeiro. Marielle e Anderson não resistiram, morrendo no local. Fernanda sobreviveu ao atentado.

Cinco anos depois, as investigações sobre o assassinato da vereadora e seu motorista continuam e agora ganharam um novo capítulo: a Polícia Federal passa a auxiliar na investigação. Com isso, os passos para descobrir quem e porquê matou Marielle ganham reforço, visto que há também inquéritos na Polícia Civil e no Ministério Público do Rio de Janeiro. 

O caso já passou por cinco delegados, 3 promotores e 3 governadores e nada relevante foi descoberto.

Até o momento, dois envolvidos no crime foram presos em 2019: o policial militar reformado Ronie Lessa e o ex-policial militar Élcio de Queiroz, apontados como os executores, e estão aguardando julgamento. Eles não revelaram quem foi o mandante do crime. Desde as prisões, não há notícias de avanços nas investigações.

A decisão de atuação da PF se deu após o ministro da Justiça, Flávio Dino abrir um inquérito em fevereiro para que o órgão federal investigue as circunstâncias do crime. Dino declarou que tem o compromisso de descobrir os mandantes do crime. 

 

Homenagem à Marielle 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu um minuto de silêncio antes de iniciar a reunião que realizou com alguns ministros em homenagem aos 100 dias de governo. Ao lado da irmã da vereadora, Anielle Franco, atual ministra da Igualdade Racial, o presidente Lula declarou: 

“Ao lado da companheira Anielle Franco, reforcei o compromisso já firmado pelo ministro Flávio Dino de somarmos todos os esforços para descobrirmos quem mandou matar Marielle Franco”.

Lula publicou o vídeo de sua fala nas redes sociais e finalizou com a hashtag: #JustiçaporMarielleEAnderson.

As homenagens e manifestações pedindo por justiça e respostas sobre a morte de Marielle seguiram por todo o Brasil. No centro do Rio, mulheres filiadas ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), realizaram o Amanhecer Marielle. Saíram pelas ruas com faixas e cartazes lembrando o legado da vereadora e pedindo a resolução do inquérito. Houve manifestação também em São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal.

Além das passeatas, foi realizada uma missa na igreja Nossa Senhora do Parto, no Largo da Carioca. Marielle, que era católica, frequentava sempre as missas aos domingos. 

Estiveram presentes a missa, os pais dela, Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva Neto, a ex-companheira, que atualmente é vereadora filiada ao PSOL, Mônica Benício, a filha Luyara e a viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus.

 

Esta reportagem foi realizada com base em dados da Revista Piauí, Portal G1, Podcast O Assunto e Portal Terra. 

 

 



 

Página:

https://palavranews.com.br/noticia/personalidades/2023/03/15/cinco-anos-da-morte-de-marielle-franco-o-que-se-sabe-ata-agora-sobre-o-crime-/350.html